sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ah, Paris....

Eis que no finalzinho de janeiro deste ano resolvi deixar minha mãe (e eu, é claro) bem feliz! Era o seu aniversário e ela tinha um sonho: ir à Paris. Loucura? Sim, em princípio parecia, mas, com um bom pacote de viagem de 5 dias, pegamos um vôo da TAP - Brasília-Lisboa (direto, sem escalas ou conexão) e depois Lisboa-Paris. Pronto, em poucas horas estávamos na cidade luz!
Bom, começo a falar sobre o tempo em fevereiro. É uma época bem fria em Paris, as árvores estão sem folhas, não há flores e pode chover bastante. Em 5 dias, pegamos 6º C e -4ºC, mas, apesar do frio e da chuva, foi uma viagem INESQUECÍVEL e MARAVILHOSA! Oui, nós voltaremos!
Para conhecer Paris em poucos dias, a primeira coisa que você precisa ter em mente é: andar, andar e andar muito. Depois de ter se acostumado com essa idéia, você irá aproveitar cada rua, monumento, passeio, paisagem e charmes de uma cidade tão aconhegante, histórica e, sobretudo, muito bonita.
A hospedagem é muito importante, pois, se você ficar em um local próximo aos principais pontos turísticos, isso já te facilita muito e economiza bastante tempo. E assim o fizemos. Ficamos no bairro chamado Quartier Latin, pertinho da Catedral de Notre Dame, num hotel simples, mas bem bacaninha, com um café da manhã maravilhoso - Moderne Saint-Germain Hotel (em sua fachada, seu nome é Le M - http://www.hotel-paris-stgermain.com/).
Outra vantagem desse hotel é que fica ao lado da estação de metrô e da estação de trem que nos levou à Versailles.
No primeiro dia, como chegamos às 11h30, fomos direto ao hotel, fizemos o check-in e fomos almoçar. Almoçamos em uma pizzaria bem ao lado. Fomos muito bem atendidas, tanto no hotel, quanto no restaurante. Após renovarmos as forças, fomos caminhando até o Pantheon (foto ao lado), que fica ao lado do hotel, cerca de 400m.
O Pantheon fica em uma praça ao lado da faculdade de direito e em frente há uma rua (rue Soufflot) que, caminhando até o seu final, paramos nos Jardins de Luxemburgo (Jardin du Luxembourg). É um parque muito bonito (o maior parque público de Paris) e tem o palácio do Luxemburgo (Senado da França). Vi vários idosos jogando Bocha, um parque infantil cheio de crianças, pessoas lendo, fazendo piquenique, caminhando, ou seja, um típico parque de uma grande cidade, contudo, bem charmoso.
Ao passarmos por lá (ainda a pé), fomos até a Capela da Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, que minha mãe fazia questão de ir. Chegamos lá umas 18h e estava tendo uma missa. Que emoção! Uma missa em francês! A Capela é bem pequena e não é um ponto turístico muito famoso, mas é imperdível. O corpo de Santa Catarina está intacto em uma urna de vidro dentro da Capela, sendo possível sua visitação. Na saída, é claro, algumas medalhinhas bentas para levar de lembrança aos familiares.
No segundo dia, fomos conhecer os famosos pontos turísticos (Catedral de Notre Dame, Museu do Louvre, Torre Eiffel, etc). Como estávamos ao lado da Catedral, iniciamos por lá.

Entramos e mais uma vez nos emocionamos, pois estava tendo uma apresentação de coral dentro daquela maravilha. As lágrimas descem sem palavras, no silêncio daquela grande catedral escura e imponente. Sentamos por um tempo em uma das cadeiras, analisando cada detalhe, cada vitral, escultura, paredes, lustres, etc. Fica ainda mais impressionante se nos reportarmos ao passado, quando do início de sua construção (1.163), os sentimentos são de medo, estranheza e deslumbre, tudo ao mesmo tempo.
Uma dica é: estude um pouco sobre a História da Arte antes de partir para a França.
É interessante ver os detalhes e saber sua época, como foram feitos, os nomes, etc. Um livro básico sobre a História da Arte já ajuda muito, até mesmo pra quem vai à Paris apenas para conhecer a Monalisa e a Catedral de Notre Dame, que é um dos melhores exemplos da arquitetura gótica.
Continuamos nosso passeio e fomos ao Museu do Louvre, que é fantástico (dá pra fazer a pé da Catedral, é perto). A Monalisa é pequenininha, como tinham me dito, mas é muito legal poder chegar pertinho dela e tirar uma foto (um pouco longe, pois é um dos poucos quadros do Louvre que não se chega muito perto). Saindo do Louvre, decidimos pegar um City Tour de dois dias (são vários na cidade), são aqueles ônibus que a parte de cima é aberta. O legal é que não é tão caro, passa pelos principais pontos turísticos e  você pode descer e subir, pois passam vários durante o dia. Além de ter tradução em português (de portugal), você vai passando pela cidade, e eles vão explicando e contando a história de Paris e dos principais locais. Conhecemos o Arco do Trinfo, a Champs-Élysées. Almoçamos por lá e fizemos umas compritchas, pois não somos de ferro.Saimos de lá e paramos na maravilhosa, espetacular, linda e emocionante Torre Eiffel (sim, se pronuncial "Eifél").
Eu não imaginava que fosse tão bonita e, ao vê-la do Trocadero (ponto mais alto perto da torre que o CityTour para) foi extremamente emocionante. É imperdível ver a torre de lá e tirar várias fotos (essa foto à esquerda foi tirada de lá).
Daqui descemos a pé para a torre, tiramos várias fotos e decidimos não subir pois estava muito nublado e já estava quase anoitecendo.
Ali, no pé da torre, no rio Sena, tem uma escadinha que desce e ficam alguns barcos parados. Sim, não deixe de fazer o famoso passeio de barco pelo rio Sena. Imperdível! Principalmente à noite, pois se a cidade é a cidade luz, nada melhor do que ver esse espetáculo à noite. O passeio dura uma hora e compramos as entradas lá embaixo, na hora. Ao entrarmos no barco, às 20h, as luzes da torre começaram a piscar e foi muito emocionante, pois parece que à noite a Torre se transforma em outro grande monumento.
O passeio pelo rio Sena é legal, pois além de ter uma música ambiente, você pode acompanhar as explicações sobre os monumentos à beira do Rio (o que traz mais emoção). Tem tradução em português (de portugal), deixando o passeio melhor ainda. Ao voltarmos, lá estava ela, linda e iluminada - a Torre Eiffel.

No terceiro dia, continuamos o City Tour, indo aos outros pontos turísticos, como a Opera Garnier, Galerias Lafayette, etc. De tarde pegamos um táxi e fomos à Montmartre, um bairro charmosíssimo de Paris, onde fica a Sacre Coeur.
A Basílica do Sagrado Coração é mais bonita por fora do que por dentro (inclusive, não se pode tirar fotos em seu interior, o que é raro em Paris), mas o lugar é tão lindo, as ruas charmosas, os restaurantes maravilhosos, a feirinha de artesanato, enfim, uma graça e vale a pena conhecer.
O bairro é mais alto e você consegue ver boa parte de Paris de lá. Pena que no dia que fomos estava chovendo e não conseguimos ver muitas coisas, mas tudo vale a pena, pois até mesmo a chuva tem seu charme em Paris.
Ali é um lugar que vale a pena tomar um bom vinho, almoçar em um ótimo restaurante (são vários) e entrar em pequenas lojas de decoração e artesanato (além da feirinha). 
De lá, nós paramos em uma farmácia para comprar produtos da La Roche-Posay e Avène que são muito mais em conta do que no Brasil. Depois fomos ao hotel para tomar banho e nos arrumar para ir a um Cabaré. Sim, o famoso Moulin Rouge - imperdível! No Moulin Rouge, sinseramente, acho que não vale a pena o jantar, mas já ouvi algumas pessoas dizendo que vale a pena sim, não sei, opinião minha. Nós só fomos assistir ao show, que é ótimo, alegre, colorido e bem divertido. Vale mesmo a pena ir. Na saída, tomamos um chocolate quente, que, pra mim, o melhor do mundo é o de Paris. Sem dúvida! Ainda mais no frio...
No quarto dia fomos à Versailles. Olha, acho que de todo o passeio, pra mim, esse ficou em primeiro lugar. Mas antes de começar a falar sobre Versailles, uma dica importante. Eu quase gastei muito dinheiro para ir à Versailles compando aqui do Brasil (antes de ir). Há várias empresas de turismo até mesmo taxistas que se oferecem a te levar à Versailles com ótimos preços (não, não são). Quase paguei 100 dólares para nós duas irmos de van, para passar uma manhã. No dia anterior, à noite, fiquei pesquisando alguns blogs sobre Paris e descobri que ir de Trem é o modo mais rápido, prático e barato. A estação de trem que embarcamos é a da Catedral de Notre Dame (bem na frente mesmo, ou seja, bem na frente do nosso hotel). Gastamos menos de 3 eros cada uma pelo trecho e a última estação do trem é exatamente em Versailles, mais ou menos uns 25 minutos de lá. Só tomem cuidado para pegar o trem correto, existem agumas telas de tv com as informações dos próximos trens - observe. A estação de trem em Versailles é em frente ao Palácio, ou seja, perfeito.